terça-feira, 2 de agosto de 2011

Livro escrito por Isabel Caravalho !


Mentiras
Nada
Sinceras
Protocolo
“Tem pequenas, grandes pessoas que vivem com medo, medo não de mentir, mas sim de se ferir com as suas próprias mentiras. Todos na vida já mentiram, não importa o motivo, sempre ficamos com medo de sermos descobertos.”
    Sou Annyta, tenho 14 anos e vivo em um mundo onde nada é normal. Não sei a qual ponto vim parar nesse local, mas é escuro, me vejo cercada das mentiras, aquelas nada sinceras, enfim as que eu mais odeio. As pessoas que botaram aqui eram as que diziam para eu mentir, e para eu não me importar com o que as outras pessoas pensavam.
   Morava com meus pais até os últimos dias da minha liberdade total, em lugar chamado Notelys City, interior de minha cidade natal. La eu estudava na escola San Fales, onde tinha minha amiga, onde tinha minha vida. Não sei como tudo começou só me lembro de que me disseram que não doeria, mas em troca de minha total satisfação perdi o amor da minha vida. Lucas era o nome do meu antigo namorado, era ele a pessoa mais confiável do mundo, ele era jogador do time de futebol do colégio e a pessoa mais popular de lá também. As lideres de torcida me odiavam, pelo fato de eu estar namorando com o “astro” da escola, por isso eu só tinha uma amiga. Augusta era a mais inteligente da classe, por isso nenhum menino falava com ela, pois meio que ficavam com medo dela corrigê-los. Tirando isso, Augusta era muito bonita ela tinha lindos cabelos pretos, cacheados e cheios, olhos castanhos claros que expressavam a mais pura ingenuidade.
Augusta era um ano mais nova que eu, pelo fato que eu perdi na quarta série, mas isso não impedia que a gente fosse amigas. Eu gostava muito dela, e tive que suportar muita dor ao perdê-la, não podia nem pensar que minha amiga, aquela que me amava de verdade podia de repente sumir e só restarem lembranças, tais as que eu queria que nunca sumissem. Seria tão fácil perder aquela que não me dava como Julieta Gonsalves, a patricinha do colégio. Aquela garota me odiava, mas nos últimos segundos da minha vida ela foi a mais importante, porque foi aquela que me ajudou a ver o que eu não via que me ajudou a sentir o que há anos eu não sentia. A dor.
Não necessariamente ela que fez ver a verdade, foi as minhas mentiras, aquelas que eu realmente me arrependo.
O começo do fim
Teve certo tempo em que eu me via cercada de incertezas, porque eu não conseguia entender tudo direito. Tinha vezes que eu mentia muito, cheguei há um dia inventar que um parente meu havia falecido, só para explicar a minha falta na sala de aula. As piores mentiras eram aquelas que eu basicamente dizia a verdade, ninguém me entendia, por isso eu via como se o mundo fosse completamente fora do real. Mas a verdade só pude comprovar no dia do meu julgamento no dia em que meus pais e meus colegas me param para que eu refletisse no que eu era, e não no que eu já fui.
No 1º dia antes que eu fosse “presa” Augusta chegou na sala e me avisou de algo completamente fora do normal, uma garota alta de cabelos castanhos com pontas avermelhadas, me procurava, só que Augusta não sabia o porquê dela me procurar. A noticia se espalhou rapidamente e nesse momento eu comecei a mentir. Falei pelo telefone com muito medo: – Augusta, fale para todos que eu fiquei doente e que eu voltei para casa, onde vou ter acompanhamento medico, me espere na quadra estarei no nosso local de sempre. - tá bom amiga, mas depois me conte tudo direito sobre o que você sabe. Falou Augusta com uma voz muito estranha.
Já era 12h30min, o sinal já tinha batido e nada de Augusta aparecer. Fiquei muito preocupada com ela, pois não tinha noticia de Augusta desde o intervalo da quarta aula. Quando deu 13h00min e o suor acabava com minha chapinha, avistei de longe Augusta, mas ela não estava sozinha, havia alguém lá, mesmo que ninguém visse eu avistava uma garota, a mesma descrita por Augusta. Havia tempo que não via ninguém assim, ela era estranha, tinha um rosto pálido, parecia que vivia no mundo da lua. 
- Amiga, tenho uma péssima noticia. Disse Augusta.
- Mas o que foi que aconteceu?- Porque esta com essa voz? E nada augusta respondeu. Quando de repente a tal menina riu e falou: 
- você é muito ingênua garota, não sabe que a vida é completamente má. Cheguei nesse colégio pra ficar e nada vai fazer para que eu não mude você.
As palavras daquela garota me fizeram pensar a noite toda, e nada fazia com que tirassem elas da minha mente. Minha mãe chegou em casa era umas 21h00min, ela chegou dizendo que iriamos mudar daqui a uma semana e que nada faria ficar na cidade. Perguntei o porquê disso, e ela me respondeu que não queria nem eu nem o Marcelo, que era meu irmão, perto da nova vizinha chamada Eren. Dizia ela que Eren era uma garota má, que ela como sua mãe, já tinham se perdido no inferno. Mesmo sendo minha mãe, achava maluca a ideia que uma garota que mal chegou à cidade podia ser tão mau exemplo assim. Fiquei com duvidas ao tentar entender o que necessariamente era essa neurose toda de minha mãe, mas preferir deixar tudo rolar.
Já era o 2º dia antes da minha derrota e fui pra escola abalada com medo que todos já soubessem da neurose de minha mãe. Todos comentavam a chegada dessa nova garota, ate minha inimiga, mas eu nunquinha iria imaginar que essa Eren era a tal garota, a que falou as palavras que confundiram minha mente. Cheguei na sala de aula e lá estava ela, no meio dos meninos do time de futebol, achei que ela era perfeita, pois ela era muito linda e se enturmava fácil. Cheguei mais perto e meu namorado logo foi me apresentar para Eren. Eren disse que já me conhecia há tempos e que era minha amiga, todos riram e eu também, achei impossível ser amiga de alguém que nem me lembrava.
Batia o segundo horário e Eren se mostrava cada vez mais agradável, ela era muito legal, e organizada. Recebi vários recados de Augusta um deles escrito assim
“velho, essa Eren é muito cara de pau mesmo, primeiro ela chega e fala aquilo pra você e agora fica ai tentando dar uma de sua amiga... ela é incrivelmente falsa. BBJs’ de August’ :D ”
Por algum motivo sabia que Augusta estava certa, mas de tantas vezes que ela já tinha errado com as pessoas, por isso decidi não ouvi-la.
Já tinha quase um caderno de tantos recados que Augusta me enviava e decidi responder
“Augusta, não acho necessariamente que Eren seja tão má assim, alias estou ate gostando dela, tipo, ela é muito legal e não vejo motivo pro seus ciúmes. Vou assistir à aula... B*E*I*J*O*S de Anny:*”.

Já passava das nove horas, e não tinha noticia novamente de Augusta, parece que ela sempre sumia durante esse horário, mas mesmo assim estava muito feliz porque estava ali, no meio das pessoas que eu amava.
Já no finalzinho daquele dia entrei no meu Hotmail e vi que tinha um convite, era um e-mail exatamente assim.
Eren-muitoML@hotmail.com
Fiquei imaginando que se eu aceitasse talvez minha mãe entrasse no meu Hotmail e visse ela on-line, então decidir deixa lá em fase de aprovação. De repente uma nova janela abre, era Augusta.
#Gustinha# digita:
Esta difícil perceber que você preferiu fica com Eren do que comigo, que sou sua amiga há muito tempo. De verdade não estou acreditando.
Anny&lucas digita:
Quem não esta acreditando sou eu, você que esta nessa neurose igualzinha a minha mãe, como se você fosse o centro do meu universo. Existem outras pessoas sabia?
#Gustinha# digita:
Então tá depois não venha chorando pedir desculpas. Nossa amizade acaba aqui.
123gustinha@hotmail.com esta off-line
Fiquei arrasada ao perceber que perdi de vez a amizade de Augusta e que nunca mais conversaria com ela de novo, mas nada foi tão diferente como o que aconteceu no dia seguinte.
cheguei cedo, faltavam 10 minutos pra bater era o 3º dia que Eren tava lá no colégio, e ela estava cada vez mais popular. Era a quarta aula e recebi um recado escrito
Encontre-me no mesmo lugar que nos vimos pela primeira vez às 18h00min... ## :) Bjs% Eren.
Já era umas 17h30min quando cheguei ao local combinado, era muito deserto, tinha uma arvore que delineava as sombras da escola há noite, não vou mentir, fiquei com muito medo, já se passava meia hora que eu tinha chego e ela não estava lá.
De repente eu ouvi um ruído, ela estava lá, no local combinado, com um vestido preto e luvas pretas. Era de assustar tanta cor escura no mesmo local e logo comigo que usava uma roupa rosa choque e uma boina branca. Ela veio com a conversa que resolveria meus problemas, que era só pra eu me entregar a ela e tudo ficaria bem, mas de repente eu ouvi uma voz que dizia: - por favor, não a siga, não a siga...
Olhei para os lados e nada encontrei, então pensei que tudo era fruto da minha imaginação. Decidi então segui-la, pois ela corria para os fundos da escola, onde tinha um porão tão grande que cabia nossa sala inteira lá. 
Perguntei pra ela onde estávamos, mas ela nada respondeu. Então decidi parar de segui-la e quando vi já era tarde demais. Estava dentro do porão, com mais ou menos cinco pessoas vestidas de preto com capuz cobrindo o rosto. Olhei para o chão e logo percebi que tinha certas palavras escritas:
“entrais uma vez, jamais sairá”.
Perguntei pra ela o motivo dessas palavras e ela riu dizendo:
- Fazia tempo que eu não vinha aqui, a ultima vez que tive aqui precisei de muita ajuda para sair. Você deve escolher entre: ser fabulosa e continuar vivendo aqui ou fugir com sua mãe, presa sempre a ela. Me escute eu sou sua amiga.
Tais palavras me fizeram pensa mais ou menos uns 5 minutos e fizeram eu me lembrar de tudo aquilo que falei de todas as mentiras que contei de tudo mesmo. Decidi então ficar do lado dela, querendo ou não foi o maior erro da minha vida. Ela me fez falar umas palavras estranhas e fez eu ler um papel onde estava escrito:
“Eu menti, menti, menti, mas não vou parar de mentir, meus amigos e parentes me oaraido, meus seroip soledasep aparecerão.”
Estranhei tanto, tudo aquilo escrito, nem me liguei de certo detalhe. Depois de certas palavras o teto do porão se abriu e um bando de urubus caiu sobre mim, Eren falou que a sensação de ameaça iria passar logo, e que seria normal daqui pra frente. 

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